PRECISAMOS REVIVER ABRIL

A Associação  25 de Abril - Genève, reunida para festejar o 39°. aniversário da Revolução do 25 de Abril, lamentam  enormemente o caos político, económico  e social do nosso país.

Preocupada com esta política económica, a A25A não pode alhear-se desta situação e desapoia totalmente as políticas deste Governo, e de qualquer outro, que pretendam impor à classe trabalhadora e população em geral os sacrifícios da crise através de medidas anticonstitucionais e antidemocráticas enquanto que, por outro lado, através de medidas económicas favorece os interesses do grande capital, da banca europeia e da banca alemã,  em  particular.

Hoje, no nosso pais, é o grande capital, os grandes bancos que dominam e que, juntamente com a Troika, exploram os nossos conterrâneos sem o mínimo de escrúpulos.

O Deutsche Bank é  o segundo maior investidor em Portugal.

O Governo deve  fazer economias nos orçamentos da Assembleia da República e da Presidência da República, nas subvenções vitalícias, nos benefícios fiscais e não nos salários  e pensões de miséria da população em geral.

Podem ser recuperados nos milhões de euros saídos de Portugal que foram colocados em offshores  e combater a economia paralela, recuperando os investimentos fraudulentos, como o BPN.

A A25A denuncia estas atitudes e práticas governamentais de cortes gerais no Ensino, na Saúde, impondo uma austeridade desenfreada, que põe em causa a independência política, económica e social do nosso país, e convida os trabalhadores e trabalhadoras a utilizarem todos os meios à disposição para se oporem, energicamente, às medidas presentes e futuras de austeridade, impostas por este Governo às camadas dos trabalhadores mais desfavorecidas.

VIVA o 25 de ABRIL

VIVA Grândola Vila Morena

Viva o Povo Português.

 

  A25A -  Genève - ­­­18 de abril de 2013 ­­

 

 

 

COMUNICADO

DEFENDER O 25 DE ABRIL – DEFENDER A LIBERDADE
O 25 de Abril é de todos os portugueses!!!

 

A ASSOCIAÇÃO 25 DE ABRIL DE GENEBRA – SUÍÇA – tomou conhecimento da intenção do Governo Português de aprovar o novo Estatuto Profissional dos Funcionários Consulares portugueses, no qual se encontra previsto um novo regime no tocante ao gozo de feriados por parte dos referidos funcionários, que prestam serviço na linha da frente das representações diplomáticas e consulares portuguesas espalhadas pelo mundo, sendo gritante o arranjo previsto para o dia 25 de Abril – dia da Liberdade.

O referido novo regime estipula que os funcionários consulares gozem um número de feriados igual aos gozados pelos funcionários públicos em Portugal, nomeadamente 9 feriados, sendo que apenas dois desses feriados serão obrigatórios – o 10 de Junho (Dia de Portugal) e 25 de Dezembro (Natal).

Os restantes 7 feriados a gozar pelos funcionários consulares serão escolhidos pelo Chefe de Posto, de entre os restantes feriados portugueses e locais (que na Suíça, no cantão de Genebra, são também 9).

Considerando que as representações diplomáticas são território nacional, é totalmente inaceitável que se pretenda, por esta via, eliminar o Dia da Liberdade e impedir que trabalhadores portugueses possam celebrar o dia do nascimento da nossa Democracia.

O actual governo de Portugal tem vindo a emitir vários sinais, cada vez mais claros, de que pretende terminar com tudo que se relacione com o 25 de Abril, socorrendo-se de dívidas, memorandos e afins como justificação para tudo, procedendo a alterações políticas, económicas e sobretudo sociais, impondo-as aos portugueses como inevitáveis.

Depois das comemorações à porta fechada do último 25 de Abril, é agora a vez do Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros dar o seu contributo (leia-se machadada), no sentido de menorizar o espírito de Abril, fazendo-o às claras, sem qualquer tipo de pudor.

Cada vez se torna mais evidente que a abolição de feriados, tais como o “5 de Outubro” e o “1º de Dezembro, mais não é do que a preparação do caminho para uma abolição total dos dias comemorativos dos eventos históricos que estão na origem de tudo aquilo que Portugal é hoje – um Estado independente, de Direito, democrático e livre.

É esse Estado independente, de Direito, democrático e livre que os portugueses – residentes dentro e fora de Portugal, querem para si, para os seus filhos e futuras gerações.

Por isso, queremos e vamos lutar contra a destruição do espírito de Abril e seus valores.

É, pois, imbuídos desse espírito que repudiamos com veemência o arranjo previsto no Estatuto Profissional dos Funcionários Consulares portugueses, arranjo que despreza e desonra a Liberdade e a Democracia conquistadas na madrugada do dia 25 de Abril de 1974.

Lançamos o nosso apelo a todos que prezam e honram a Liberdade e a Democracia conquistadas na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, para que se mobilizem e lutem pela rejeição deste anseio do Governo de substituir a democracia do 25 de Abril por um regime autoritário.

Apelamos à consciência dos deputados da Nação, dos quais esperamos a defesa intransigente do regime democrático e livre em que foram eleitos, para que defendam a manutenção do 25 de Abril como feriado nacional, com carácter obrigatório em todo o território nacional, no qual se inclui as suas embaixadas e representações  diplomáticas e consulares espalhadas pelo mundo fora.

Genebra, 21 de Janeiro de 2013.

                                                                      O Presidente,

 

                                                                     (João Monteiro)